Depois de ser inserida no rol de municípios que integram a
Sudene – Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, Aracruz (litoral
norte capixaba) vive uma realidade de crescimento que é impulsionada tanto
pelos incentivos fiscais quanto pela chagada de empreendimentos e aparelhos
logísticos ao município.
Desta vez, a Suzano, gigante consolidada no ramo da
celulose, é quem anuncia ampliação da sua área de atuação, que deve incluir em
breve a produção de fertilizantes em uma planta que será construída em solo
capixaba. Um empreendimento que, além de empregar mão de obra local desde sua
construção até a operação, atenderá à crescente demanda de insumos agrícolas do
mercado interno brasileiro.
Toda essa operação, desde a entrada de Aracruz para a
Sudene, possibilitando a abertura de mais crédito e a entrada de novos empreendimentos
ao município, até o incentivo para o crescimento da indústria nacional de
fertilizantes só é possível através de uma boa articulação e interesse do Setor
Público em viabilizar o crescimento econômico e o potencial regional de
Aracruz.
Desde 2015, início de seu primeiro mandato na Câmara
Federal, o deputado Evair de Melo (Progressistas) luta pela entrada integral do
Espírito Santo na relação de áreas atendidas pela Sudene. Foi através de
projetos de sua autoria que, em 2021, Aracruz e outros dois municípios do
Espírito Santo (Itaguaçu e Itarana) passaram a integrar a Superintendência.
“Aquilo que parecia impossível, fomos lá e fizemos. Muitos
subestimaram que não seria possível ampliar a Sudene no Espírito Santo, mas,
aqui está o resultado, valeu o trabalho. Agora é continuar atuando para levar
estas mesmas condições e benefícios a outros municípios capixabas. O trabalho,
a confiança, a persistência e a boa relação política venceu hoje. Agradeço a
todos que acreditaram. Ser vice-líder do Governo foi fundamental”,
defendeu o parlamentar capixaba, à época da inclusão.
De 2021 até agora, um salto de desenvolvimento tem sido
identificado em Aracruz que, através da ampliação das operações da Suzano, abre
caminho para driblar a crise no setor de insumos agrícolas, diretamente
influenciado pelo mercado internacional e especialmente pelo conflito entre
Rússia e Ucrânia.
“Apesar de o Brasil ser o quarto maior consumidor de
fertilizantes do mundo, atrás apenas da China, Índia e Estados Unidos, sendo
responsável por 8% do seu mercado global, o aumento da demanda brasileira de
fertilizantes tem ocorrido via importações, que hoje representa mais de 80% do
total de fertilizantes utilizados no País”, comenta o deputado federal Evair de
Melo sobre a crise no setor de insumos.
Evair de Melo é coautor do Projeto de Lei (PL) 3507/2021 que
cria o Programa de Desenvolvimento da Indústria de Fertilizantes (PROFERT), que
confere uma série de incentivos fiscais voltados à produção nacional para que
iniciativas como a de Aracruz se tornem cada vez mais comuns em todo o país.
“Um país com tamanha expressão no setor Agro como é o
nosso, não pode ser tão dependente da indústria estrangeira de insumos como
ainda somos. É preciso avançar no que tange o incentivo às plantas químico-industriais
e fazer crescer o setor de fertilizantes em todo o país. Com toda certeza isso
trará benefícios e crescimento econômico para o Espírito Santo e para o
Brasil”, defendeu Evair.
A nova fábrica de fertilizantes anunciada pela Suzano terá
investimento inicial de R$ 60 milhões e empregará cerca de 450 funcionários, da
construção à operação. A planta deverá suprir as unidades da própria empresa no
Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia, além de alimentar parte do mercado
interno nacional.