O deputado federal Evair de Melo (Progressistas/ES), apresentou dois requerimentos de convocação de Ministros de Estado para comparecerem na Câmara dos Deputados. Na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC), o parlamentar solicita que o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, preste esclarecimentos sobre a piora da projeção de rombo nas contas em 2023 e o possível bloqueio de R$ 1,7 bilhão nas despesas discricionárias, que incluem custeio e investimentos.
“Um forte aumento nas despesas levou o Governo Lula a piorar sua projeção para o resultado das contas públicas neste ano e anunciar um bloqueio de R$ 1,7 bilhão nas despesas discricionárias, que incluem custeio e investimentos. O déficit orçamentário, de acordo com o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 2º bimestre, divulgado pelo Ministério do Planejamento, estima-se em R$ 136,2 bilhões, correspondendo a -1,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse valor representa um agravamento de R$ 28,6 bilhões em relação à última previsão de março, que apontava um déficit de R$ 107,6 bilhões. A cifra está longe do déficit de 0,5% do PIB prometido pelo ministro Fernando Haddad ao apresentar a proposta de novo arcabouço fiscal. Isso é preocupante e precisamos entender melhor”, justificou o deputado capixaba.
CPI DO MST
Evair de Melo, que é vice-presidente da CPI sobre o MST, está cobrando o comparecimento do Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, para prestar esclarecimentos sobre as providências adotadas pelo Ministério diante do anúncio do líder do MST, João Pedro Stedile, de promover ocupações de terras em todo o Brasil, bem como demais assuntos envolvendo a pasta e os outros movimentos sociais.
“Este foi o primeiro requerimento de convocação já aprovado na CPI. Precisamos de respostas sobre o que está sendo feito por parte do Governo Federal para impedir que mais invasões ocorram em propriedades rurais produtivas. É inadmissível que até agora, com 56 invasões já registradas pelo Brasil, as ameaças dos movimentos ainda permaneçam. Isso tem que acabar!”, afirmou o deputado federal Evair de Melo.