Evair pede esclarecimentos a Ministro da Justiça sobre desaparecimento de armas do Exército

Deputado aponta erros críticos que comprometem a integridade do arsenal militar brasileiro e a segurança da população

O desaparecimento de 21 metralhadoras do Comando Militar do Sudeste, em Barueri, na Grande São Paulo, está abalando a confiança do público nas políticas de segurança do atual governo federal. Devido ao ocorrido, o deputado federal Evair de Melo protocolou um requerimento ao Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro Filho, solicitando informações que possam esclarecer este episódio e também apontar indícios de falhas estruturais nas políticas de segurança do governo Lula. 

“De acordo com um levantamento do instituto ‘Sou da Paz’, este incidente representa o maior furto de armas do Exército brasileiro desde 2009, quando sete fuzis foram roubados de um quartel da cidade de Caçapava, no Vale do Paraíba (SP). Por isso, precisamos saber quais foram as circunstâncias exatas que envolveram este caso; como é possível que armas de tão alto calibre fossem guardadas sem um sistema de segurança e de videomonitoramento mais rígido; e quais medidas imediatas o Ministério da Defesa e o Exército estão tomando para evitar novos incidentes como este”, explicou Evair.

O deputado também listou, em seu requerimento ao Ministro José Mucio, perguntas sobre a possibilidade da adoção medidas de segurança que incluam videomonitoramento e controle digital de acesso; como o governo federal planeja garantir a segurança da população brasileira se não consegue proteger nem mesmo o seu próprio arsenal; quais ações conjuntas envolvendo a participação de forças estaduais de segurança estão sendo plenejadas para recuperar as armas que sumiram e punir os responsávis; e se há planos de reavaliar e fortalecer a política nacional de segurança, considerando não apenas a integridade do arsenal militar, mas a segurança da população e a proteção dos recursos públicos destinados à defesa do país.

“Este roubo alarmante chamou a atenção de todos nós porque desapareceram 21 metralhadoras, sendo que 13 delas possuem calibre ponto 50 e têm capacidade até de perfurar aeronaves. Isso desperta grandes preocupações em toda a sociedade brasileira, com a falta de controle sobre o arsenal militar do Brasil. Os fatos comprovam que as preocupações da sociedade procedem e que este governo é incapaz”, assinala o deputado.

JUSTIFICATIVA

O Comando do Exército alegou que as armas desaparecidas estavam "inservíveis" e destinadas à manutenção, mas o deputado Evair de Melo argumenta que essa justificativa não diminui o perigo representado pelas armas, quando caem em mãos erradas. “Essas armas, devido à sua potência, alto poder ofensivo e elevado custo, não são do interesse de criminosos comuns e, sim, de bandidos perigosos que dominam o crime organizado”.

De acordo com o deputado, as características do armamento desaparecido sugerem que o mesmo poderia ser utilizado em crimes como roubos a bancos, ataques a veículos blindados ou até mesmo em operações com helicópteros, devido à sua capacidade de perfurar veículos blindados. “Considerando o preço absurdo dessas armas, este crime comprova um desvio significativo de recursos públicos, além dos riscos à segurança. Isso nos preocupa porque também revela um total relaxamento quando às medidas de controle de armazenamento e utilização de poderosas armas de fogo”, afirma ele.

Para enfrentar essa situação e reforçar a segurança, Evair de Melo propõe a implementação de medidas mais eficazes, como o uso de câmeras de videomonitoramento; um controle mais rigoroso da entrada e saída de pessoas com acesso ao arsenal; e a instalação de sistemas com acessos digitais.

“O Exército já tomou medidas internas, mantendo 480 militares aquartelados e ouvindo todos os envolvidos nas investigações. No entanto, o caso também demanda ação coordenada das forças estaduais de segurança, para localizar o material roubado e evitar consequências catastróficas para a população. Em meio a esses acontecimentos, é preciso que o governo federal repense e aprimore suas políticas de segurança, a começar pela garantia de proteção da população e da integridade do armamento e dos recursos públicos destinados à segurança do Brasil”, avaliou o deputado federal.  

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