NOTA DE REPÚDIO ÀS DECLARAÇÕES DO VICE-PRESIDENTE DA CNBB SOBRE O MARCO TEMPORAL É APROVADA NA COMISSÃO DE AGRICULTURA

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A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural aprovou na manhã desta quarta-feira, 12 de junho, atendendo proposição do deputado Evair de Melo, Nota de Repúdio às declarações recentes do Vice-Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom João Justino, durante o evento religioso no Santuário de Anchieta, no Espírito Santo.

As falas de Dom Justino, ao expressar visões políticas sobre o marco temporal para demarcação de terras indígenas em um evento dedicado a São José de Anchieta, foram não apenas inoportunas, mas também transgrediram a sacralidade do evento e desrespeitaram a expectativa de devoção dos participantes.

É inaceitável que um espaço religioso seja utilizado para propagar agendas políticas, especialmente em um momento dedicado à fé e à reflexão. Essa atitude fere os princípios da honestidade intelectual e do respeito mútuo, pilares fundamentais para o diálogo construtivo sobre temas tão sensíveis como a demarcação de terras indígenas.

O deputado Evair de Melo reitera seu compromisso com o diálogo aberto e transparente sobre o marco temporal, buscando soluções justas e equitativas para todas as partes envolvidas. Acreditamos que o debate sobre este tema deve ser realizado de forma laica e respeitosa, sem a interferência de ideologias ou agendas político-partidárias.

As declarações de Dom Justino, com sua inflexão ideológica de esquerda, representam uma preocupante instrumentalização da fé para fins políticos. Essa atitude vai de encontro à missão da Igreja Católica, que deve se concentrar em promover valores espirituais e morais universais, sem se envolver em disputas político-partidárias.

Evair de Melo defenderá sempre os princípios da laicidade, do diálogo e do respeito mútuo. Acreditamos que somente através do debate aberto e honesto poderemos encontrar soluções justas para os desafios que o país enfrenta.

“Antes de mais nada, sou católico praticante. Fui seminarista da Igreja Católica, coordenador diocesano da Pastoral da Juventude, membro efetivo e coordenador de círculo bíblico. Minha família é membro efetivo da comunidade onde atuo. Minha esposa é ministra da palavra e da eucaristia. Portanto, estou falando de algo que eu conheço e vivo. A CNBB precisa entender que deve trabalhar como instituição e, se for falar sobre temas politizados, que seja em âmbito acadêmico e não nos altares das igrejas, onde não é permitido o contraditório.", afirma o deputado Evair de Melo.