Após a aprovação na Câmara dos Deputados, por 283
votos a 155, do projeto que limita a demarcação de terras, conhecido como marco
temporal, chegou a julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta
quarta-feira (7), mas foi suspenso pelo Ministro André Mendonça que pediu vista,
para que a Suprema Corte tenha mais tempo para analisar o caso que discute a
proposta.
Para o deputado federal Evair de Melo
(Progressistas/ES), o Projeto de Lei 490/2007, que está há 26 anos sendo debatido
no Congresso Nacional, fomenta a pacificação no campo.
“Precisamos de paz no campo no Brasil. O Congresso
Nacional precisa avançar no processo de regulamentação da lei que prevê a
demarcação de terras no Brasil. A aprovação do marco temporal na Câmara representa
a vontade de boa parcela dos brasileiros em solucionar essa questão antiga.
Independente, do julgamento no STF, precisamos seguir com a análise do Projeto
de Lei no Parlamento. A nossa parte é legislar e o Supremo analisar a
constitucionalidade. Somos poderes independentes. É inaceitável que essa
proposta empaque por mais tempo. Estamos buscando mais segurança jurídica ao
consolidar essa lei. O objetivo não é acabar com as reservas indígenas
existentes, mas impedir que falsos índios se apropriem de terras alheias,
atuando de má-fé”, explicou o deputado federal capixaba.
O Projeto de
Lei está tramitando na Comissão de Agricultura do Senado Federal, aguardando
parecer da relatora, senadora Soraya Thronicke (União/MS), podendo ser votado nos próximos
dias.