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A autonomia nacional para a produção
de fertilizantes está um passo mais perto de se tornar realidade com a
aprovação, na manhã desta quarta-feira (13), do Projeto de Lei (PL) nº 3.507/2021,
pela Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados. Coautor da
proposta que cria o Programa de Desenvolvimento da Indústria de Fertilizantes
(PROFERT), o deputado federal Evair de Melo (Progressistas/ES) comemorou o
avanço na tramitação e disse estar confiante no sucesso da empreitada.
“Um
país com tamanha expressão no setor Agro como é o nosso, não pode ser tão
dependente da indústria estrangeira de insumos como ainda somos. É preciso
avançar no que tange o incentivo às plantas químico-industriais e fazer crescer
o setor de fertilizantes em todo o país. Com toda certeza isso trará benefícios
e crescimento econômico para o Espírito Santo e para o Brasil”, defendeu Evair,
que acompanha de perto a análise do projeto.
Com
uma série de incentivos fiscais voltados à produção nacional, o PROFERT visa
enfrentar os desafios junto à indústria e tornar viável o crescimento e a implantação
de novas fábricas de fertilizantes
em todo o território nacional.
“Apesar
de o Brasil ser o quarto maior consumidor de fertilizantes do mundo, atrás
apenas da China, Índia e Estados Unidos, sendo responsável por 8% do seu
mercado global, o aumento da demanda brasileira de fertilizantes tem ocorrido
via importações, que hoje representa mais de 80% do total de fertilizantes
utilizados no País”, diz a justificativa apresentada no projeto, que também
aponta “sérios riscos à segurança alimentar do país”, caso siga sem incentivar
a própria indústria de fertilizantes.
O PL tenta reorganizar o atual Regime de
Incentivo ao Desenvolvimento da Infraestrutura da Indústria de Fertilizantes
(REIF), já vigente no país e instituído pela Medida Provisória n° 582 de 20 de
setembro de 2012, convertida na Lei n° 12.794 de 2 de abril de 2013, tornando
viável a permanência de incentivos ao setor, mesmo diante de acordos
internacionais posteriores e contrários ao REIF, que exige, por exemplo, a
exclusividade de conteúdo local na produção dessas indústrias.
Aprovado
na CDE, o projeto seguirá agora tramitando nas Comissões de Finanças e
Tributação e de Constituição Justiça e Cidadania. Acompanhe aqui.