Laboratório da Ufes em São Mateus viabiliza pesquisas agrícolas

Imagem: Ceunes

Depois de três meses de funcionamento, o Laboratório de Análise de Resíduos Químicos da Ufes em São Mateus tem colhido bons frutos tanto para os alunos do Centro Universitário Norte da Universidade (Ceunes) quanto para os produtores rurais. O laboratório foi garantido com recursos de uma emenda individual do deputado federal e vice-presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, Evair de Melo (PP-ES), no valor de R$ 300 mil ao Orçamento do Governo Federal.

O laboratório é utilizado para a formação de estudantes em iniciação científica, para as pesquisas dos alunos do mestrado, além de subsidiar pesquisas científicas do Programa Agromais, que trabalha com a qualidade de produtos agrícolas, tais como a pimenta do reino, o café, o mamão, o coco, entre muitos outros.

O parlamentar ressalta a importância de investimentos estruturantes para a educação no Espírito Santo, que também irá refletir no trabalho dos produtores rurais de todo o estado. “O nosso papel na política é fazer com que os impostos pagos pela população se tornem em oportunidades para que os nossos jovens possam expandir e compartilhar seus conhecimentos, explorando melhor seus talentos e fomentar o fortalecimento da sociedade e seus diversos setores, como a própria agricultura, outra grande beneficiada com esse projeto”.

Retorno aos estudantes

De acordo com o professor Aloísio Cotta, diversos alunos já estão fazendo uso direto dos aparelhos do Laboratório em atividades dos subprojetos desenvolvidos. No momento, o foco é o desenvolvimento de um projeto de Análise de Resíduos de Pesticidas em Pimenta-do-Reino produzidas na região norte do ES em safras anteriores. “A análise de resíduos de pesticidas por si só constitui um grande desafio, pois se trata da determinação de compostos em baixíssimas concentrações. O objetivo é explorar ao máximo as possibilidades analíticas que foram disponibilizadas com a aquisição do equipamento. Esperamos em breve ser capazes de analisar uma vasta gama compostos”, afirmou Aloísio.

O professor comenta que antes do investimento, essas atividades não eram possíveis pois não haviam os equipamentos necessários para o desenvolvimento desses projetos. A expectativa agora é de conseguir enriquecer ainda mais o conhecimento dos alunos e, consequentemente, atuar de maneira mais aguda no atendimento aos produtores rurais. “Com a estrutura e os novos equipamentos, vamos desenvolver uma base de conhecimentos, formação de alunos, de publicações e divulgação das competências de modo a justificar novos parceiros. Tenho certeza que iremos expandir nossa capacidade analítica e assim poder atender a demandas dos produtores de mamão, café, uva, macadâmia, entre outras matérias-primas”.